Em 2011, web foi acessada por 46,5% dos brasileiros maiores de 10 anos.
Participação dos trabalhadores sobre o total de internautas foi de 60%.
Brasileiros com renda mensal de até um salário mínimo são 38% dos internautas do país, segundo dados de acesso à web produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados nesta quinta-feira (16).
As informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referentes ao ano de 2011. No ano, a internet chegou a 46,5% dos brasileiros maiores de 10 anos (77,7 milhões de pessoas).
“Esse público [de baixa renda] que estava praticamente excluído passou a ter acesso a esse serviço”, afirma Adriana Beringuy, técnica do IBGE da coordenação de Trabalho e Emprego.
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Em 2005, primeiro ano da pesquisa, apenas 3,8% dos brasileiros sem renda ou com rendimento de até um quarto do salário mínimo acessavam a internet. Com três milhões de internautas, o percentual de usuários subiu para 21,4% em 2011, ano em que o salário mínimo era de R$ 545 –reajustado, o valor subiu para R$ 678 em 2013.
Entre aqueles com rendimento de um quarto a meio salário mínimo, eram 7,8% os trabalhadores conectados. Totalizando 7,9 milhões de pessoas, subiu para 30% do total.
Já entre os indivíduos com renda de meio a um salário mínimo, o percentual de internautas subiu de 15,8%, em 2005, para 39,5%, em 2011, ao alcançar 18,3 milhões de indivíduos.
O avanço ocorre apesar de as faixas de renda mais elevadas ainda apresentarem maior inserção na internet, ressalta Beringuy. “Em classes mais altas, em que a tecnologia já é mais difundida, a expansão é mais lenta.”
A densidade de internautas sobre o total ultrapassa os 50% em todas as outras faixas salariais. A mais alta, de 76%, é a registrada entre os brasileiros que recebem de três a cinco salários mínimos.
De acordo Beringuy, a expansão da internet entre as pessoas de faixa de rendimento mais baixa se deve à disseminação do serviço, devido ao barateamento do acesso, e à utilização da rede não só apenas no ambiente de trabalho, mas também em pontos de acesso público e doméstico.
A participação dos trabalhadores sobre o total de internautas foi de 60% em 2011 (46,7 milhões), pouco abaixo dos 62,1% registrados em 2005. O IBGE considera apenas indivíduos com carteira assinada.
Segundo a pesquisa, a inserção na internet aumenta conforme a elevação da escolaridade. Entre os brasileiros que possuem 15 anos ou mais de sala de aula, 90,2% são internautas. Já entre aqueles que frequentaram a escola por 4 a 7 anos, apenas 11,8% acessam a rede.
fonte: G1
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